Eu queria ter mais autonomia da minha própria vida. Que as pessoas não julgassem as outras por superficialidades, ao menos que não formassem conceitos sem saber, só por algo que aparenta e que geralmente só engana, mostrando o lado da pessoa que você escolhe encaixar na sua mente por ser mais fácil, sem nem se dar ao trabalho de conhecer sua vida e intenções. Mas eu tenho de me conformar, afinal, é assim que acontece com todo mundo. E esse todo e mundo não fazem ideia do que há neste coração tão cicatrizado e nessa mente tão absorta, veem apenas esse corpo que anseia por outros corpos, como qualquer outro, só que a minha fome é maior. Enquanto eu vou provando e reprovando esses que passam por aqui assim tão normalmente, eu encontro os aprovados, os aprovados-reprovados, e os que eu tenho de aprovar, aqueles que tocam o meu coração, com ou sem intenção, e eu imploro que não caia na tentação do amor, de amar, como se eu, algum dia, tivesse sido capaz de controlar ou evitar essa coisa que começa com um encantamento bobo. E assim nessa bobeira, eu continuo com a mania de me apaixonar com possibilidades meio impossíveis.
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