segunda-feira, 30 de dezembro de 2013


Paira,
Sobre o espelho dos meus olhos
Sem ser escrava dos meus sonhos
Esteja livre pra voar
Olha,
Estou sem jeito e peço pouco
Deixa eu me ver pelo teu rosto
E ao menos te tocar
Sei que eu, não sou o tal
Mas fazes pouco caso de mim
Encontrarás o mal sem pouco fazer
Basta olhar o céu
Se um dia, enfim
Compreenderes o que trago no olhar
Essas janelas que refletem além
Do teu gosto de ser


Quanto mais rosas eu planto, mais espinhos colho. Meu corpo marcado, ferido, rasgado pede arrego, mas, inexplicavelmente, tem forças para continuar. Eis que parei de plantá-las, corto pela raiz, novas flores surgirão. Aquelas que brotam do concreto.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Tenho me perguntado o que muda ou o que faz mudar um sentimento tão forte da noite para o dia. Ante a isso, por inúmeras vezes, não deixamos a razão operar e é aí que se encontram as grandes decepções. Já não sei em quantos pedaços me desfiz e continuo me desfazendo, parece infinita essa sensação de dor e sofrimento. O ser humano se contradiz mais a cada dia, e em todos esses dias vejo o egoísmo vencendo. Individualistas. Todos tão egocêntricos. Fatores tão importantes estão sendo descartados, já não há mais em quem confiar ou como confiar. Estamos todos sujeitos ao erro, mas as buscas pelo acerto têm deixado de existir. Todos, de uma única vez, resolveram pisar em ovos e jogar tudo para o ar. Sinto-me sozinha outra vez e o meu corpo não tem domínio sob si mesmo. Minha mente louca e fadada ao fracasso tem determinado todos os meus movimentos, além de me ofertar algumas doenças. Talvez elas só demonstrem de como preciso ser cuidada, da falta que tem me feito o carinho e a atenção. E apesar de tudo, vejo que a vida tem sido generosa comigo, porém eu só quero deixar de vivê-la. Não sei mais enfrentá-la e já nem vivo mais, é só uma alma morta num corpo vivo. E que vida, meu Deus, que vida... Tentei esconder, mas não sei ser forte, esqueci como se faz. Virei uma pedra, um obstáculo no meio do caminho. Uma pedra que chora, se desintegra.