quarta-feira, 28 de julho de 2010

Abismo

Mais uma vez, deu tudo errado. Perdi o jogo. Mas se tratando de um coração, da paz de um sorriso, jamais se trataria de um jogo. Eu perdi de qualquer forma. E mais uma vez, estou no chão. Sem nem ao menos ter tido tempo pra respirar o ar puro que me consumia naquela paz, nem tive tempo de desfrutar por completo daquela felicidade... Me tiraram tudo de novo. Eu não aguento mais, não dá pra suportar tanta pressão, tanta dor, é muito com o que lidar e superar. Eu estou tão cansada de tudo isso, de levantar e dado o primeiro passo cair de novo e de novo. As coisas só estão piorando a cada segundo, hoje foi um péssimo dia. Eu só tenho que ignorar, mas não dá. Poderia ter esperado passar um pouquinho e me dizer só na semana que vem, para que eu pudesse ter essa felicidade doce por mais tempo e fazer tudo direito ou errado, mas ainda assim ter um motivo pra sorrir. Agora, agora eu não consigo mais fazer nada nem direito nem errado, só tenho motivos pra cair, nenhum me traz um sorriso. Recebendo presentes e sendo retirados de mim antes mesmo de chegada a data. Ninguém é capaz de notar? De me ajudar? Eu tenho que ser forte, mas eu só não consigo mais, minhas forças se esvaíram no ar feito pó, junto com tudo de bom que havia em mim. Eu cai, estou no chão, e não vejo ninguém pra me abraçar, me dar a mão.

Partir, paz

Quantas vezes ele reclamou, dizendo que eu não era romântica, só porque não olhava para trás depois de me despedir, e ele nem sequer percebia o medo que me afligia, que estava escondido sob meus olhos, medo este que se definia em uma frase: Eu não olhava pra trás para não te ver partir. E há um pouco mais de 5 meses atrás, eu tive que vê-lo partir sem nem ao menos ver ou sequer olhar para trás, e me fez pensar se eu tivesse feito teria mudado algo? Não, a culpa, de certa forma, foi minha, mas não foi por isso, foi por ter ousado acreditar que eu seria - me sentiria - mais feliz sem ele, dando-me conta do erro cometido eu só pude me denegrir, me acabar, morrer por dentro, aos poucos... E agíamos um com o outro como se nem nos conhecêssemos mais, e eu pensei que passados 5 meses sem vestígios dele, seria a deixa para recomeçar de vez. Até que, enfim, eu encontrei alguém que me fez sentir maravilhosa, maravilhada, de um valor que antes eu não ousava admitir. Em menos de uma semana ele me fez me sentir feliz novamente, sem me pedir nada em troca. E eu pude degustar disso sem rédias, sem médias.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Felicidade

Enfim, me sinto mais livre daquele sentimento arrasador que me mantinha no chão. Hoje, eu me sinto, de certa forma, feliz. Encontrando e me desencontrando de pessoas lindas, e fazendo com que uma permaneça continuamente na minha vida num gostar infindável. É tão reconfortante encontrar alguém tão perfeito pra si que pareça ser um sonho, alguém tão você, tão de acordo com você e suas medidas. É tão inimaginável isso tudo, essa sensação gostosa de pensar em alguém e abrir aquele sorriso enorme no rosto, porque ele também te sente da mesma forma. Me sinto nas nuvens, estou voando num sonho abrasador, e espero acordar só daqui a alguns anos, e espero que a queda seja rápida e indolor. Mas se doer, tudo bem, os momentos estão sendo tão irreais que tanto faz, a dor não se comparará ao agora. Que loucura, há algumas semanas atrás eu estava apenas andando por ai, sem expressão, sem real felicidade, sem nada pra dar, só com essa melancolia e solidão. Hoje, há poucas semanas, este sentimento vem crescendo e me fazendo cada vez melhor, só que com um pesar: essa dependência dele, do retorno dele. Mas a cada palavra dele, a cada frase doce eu sinto esse anseio de mais, essa vontade de permanecer ao seu lado cada vez mais. Eu só me sinto bem, muito bem. Mas ás vezes surge aquele aperto no coração, avisando que a qualquer momento você pode cair, você pode acordar e isso tudo acabará e virá uma dor ainda maior que a já sentida. Desculpe, comecei com toda a história de sofrimento de novo, não é? A parte ruim de ser um pouco - ou muito - pessimista, sempre vendo e sentindo todas as formas de dar errado. Mas por enquanto, eu aprecio de todas as formas essa felicidade boba que me faz companhia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Cansaço

Estou tão cansada... Tanto físico como emocionalmente. As coisas parecem degradar a cada segundo. Estou cansada de tudo, de olhá-lo e não poder senti-lo, sentir seu cheiro - aquele que por tantas vezes esteve emanando junto ao meu, numa mistura de amor e desejo - e não poder tê-lo ao meu lado, que desastre. Saber e sentir tal amor e não poder demonstrá-lo, sentir tanto e ele não sentindo nada, absolutamente nada. Estou cansada de ter esperança, de insistir em algo que não volta mais. E o pior de tudo é que eu ainda vou vê-lo, se pudesse existir apenas dentro de mim e mais nada, sem vestígios de que ele está por perto, quem sabe eu poderia superar mais rápido. Sendo que eu estou tão cansada. Talvez fosse melhor se eu tivesse morrido naquele acidente, me pouparia tantas perdas, tanta dor; e teria aqueles que ficariam de luto por mim, uns que dariam atenção por um mês ou menos e pronto, esqueceu, mas tanto faz, contanto que eu não sentisse mais. Eu sei, eu sei. Isso passa, você supera, e todos aqueles clichês. Mas isso dói, dói tanto que rouba minhas forças e me destrói. E no meio de tudo isso há uma contradição: quando eu conseguir superar - se é que vou conseguir - vai ser triste, ainda mais do que tudo, porque eu não mais passarei mal com a presença dele, meu coração não vai mais acelerar, tanto irá sumir e eu sentirei falta disso, mas ainda sim daria graças por ter passado, pelo menos o suficiente. Suficiente pra quê? Pra viver, e não sobreviver. Pra sorrir de verdade, e não mais tentando agradar, não mais escondendo uma dor. Eu só me sinto cansada, de tantas maneiras, de todas as maneiras, muito cansada. "No dia que te perdi, acordei mais cansado que sozinho".

domingo, 4 de julho de 2010

Perdendo o sentido

Ás vezes as coisas parecem um pouco irreais, devido a loucura dos acontecimentos. Pareço mais um imã pra homens mais velhos (6). Mas quando nós sentimos algo por uma pessoa, algo que não se compara ao já sentido, ao amor já preenchido no coração, e muito menos ao que se sente quando está com qualquer outro, algo diferente que sabemos que pode crescer se for investido, o problema é que NÃO PODE ser, e isso me aborrece e faz com que eu tenha de recorrer ao amor que não pode ser pensado, tocado, sequer olhado, e acaba sendo a pessoa certa na hora errada de novo. E isso tudo me faz perder a cabeça, me faz sentir desgostosa e sem vontade de nada, a não ser de ficar deitada enrolada num cobertor com o ar ligado até congelar o coração, chorando e chorando, e rindo de coisas passadas, lembrando de coisas ilegais, fazendo-nos sentir pior. Com uma vontade de mais, eu quero alguém que acabe o meu sofrer. Tantas vezes já escutei que é tudo uma questão de tempo, mas já se passaram tanto e parece não adiantar nada. Isso é uma loucura, tal que aumenta ainda mais a louca que vos escreve.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

confusões

Ás vezes eu só não acredito em como a insensibilidade é tão frequente hoje em dia, ou então como as pessoas se enganam em relação ao amor, apenas por ver alguém já faz juras de amor, que amor? Este amor mesmo eu não quero, nunca vi e nem chego perto. Ah, gostou de mim? Me achou atraente? Vem cá que a gente conversa. Mas você me ama porque me achou atraente ou porque gostou de mim? Sai dessa. Direta ou não, não perco tempo com falso amor ou falsa paixão. Não digo que é preciso meses para se apaixonar ou amar, depende da pessoa, momento, intensidade, da química, mas alguém que você nem conhece já é o amor da sua vida? Poupe-me de tais comentários. Realismo, é disso que eu sou feita, otimismo é bem-vindo mas pouco presente. Dizem-me que sou pessimista, qual é, eu sou realista, ninguém entende isso? Ok, ás vezes um pouco, mas, tipo assim, de vez em quando temos que pensar em todas as formas de dar errado, certo? Passados alguns momentos, eu passo pra realidade, então um pouquinho de ilusões. Eu sou feita pra o amor e não nego meu romantismo, sou um doce amargo. Mas quem não gosta de uma romântica incurável com um pitada – ás vezes exacerbada – de sacanagem? Eu tenho fogo, grande e insaciável, sei ser quente e doce ao mesmo tempo. O problema é o que acontece dentro de mim no processo. Vai que eu me apaixono? Já me dei conta de que definitivamente tudo que é proibido é mais gostoso, muito mais gostoso, fica na memória... Marcou presença no meu coração, fez bom grado com minha sensibilidade, mexeu com os meus sentidos, usou e abusou das minhas necessidades, compartilhou uma dose grande de fogo comigo e um pouco de doçura. Aquelas frases bobas e doces, tipo: “Queria estar contigo em outro lugar”. Puta que o pariu, eu me apaixonei. Aquela voz me dizendo uma coisa dessas no ápice do momento, com aquela cara de anjo e um tom zombeteiro de quem quer algo mais, me perdi naquele olhar. Mas não poderá ser realmente meu. É, confundi tudo e misturei tudo de novo, não é? Deixa pra lá, um dia você vai entender.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

não enlouqueça

São tantos tormentos, e as pessoas apenas dizem que não vale a pena, pra deixar pra lá, esquecer ou superar, como se fosse assim tão simples. Ás vezes tem coisas que nos ajuda e outras que nos prejudica ainda mais. Vontade de chorar, de por tudo pra fora, trocar o coração por um fígado e viver bem ou quase lá. Mas é melhor assim, é melhor ter amor pra dar e vender, viver e esbanjar felicidade. Meus ouvidos doem, meus olhos doem, minha boca está seca, minhas mãos estão cansadas, meus pés dormentes, minhas perna paralisadas, meu corpo entorpecido, mas as lágrimas continuam insistindo em encontrar o chão, tentativa inútil das mesmas. Como se palavras agonizantes, gritos desesperados, olhos suplicantes, silêncios dolorosos, provas de amor, fossem fazer alguma coisa, resolver alguma coisa, ou até mesmo chegar do outro lado, aquele lado que não existe mais, que não conheço mais e nem admiro mais, uma incógnita. Terror, que terror, horror, dor. Por quê? O mar de rosas também têm espinhos, garotinha, você esqueceu? Você deixou sua vida pra trás para viver outra, esta outra que lhe esqueceu num segundo. E você é uma garota boba, mulher medrosa, inútil, um caso perdido, um nada, como tantos dizem ou como o que você é pra alguns: NADA. Agora morre, garota, ou aprende a viver, ou aprende a sofrer, ou aprende a suportar. Suportar? É, seria a palavra correta, a frase definitiva: Aprenda a suportar, querida, tudo isso vai melhorar, nem que seja um pouquinho. "Tenha fé em Deus, tenha fé na vida". Minha vida é boa, farta, eu tenho esperança, aprendi a ter. Mas só tenho esperado, por tanto, apenas esperado. Blasfêmia. Você esperou e conseguiu o que queria: ser amada - mas será que fui mesmo?, só que você continua esperando. É assim mesmo, menina, tenha paciência. Pense só no bem, nas rosas, deixe os espinhos pra lá. Sorria. Tem coisa melhor? Só um. Vá. Não se incomode, um sorriso tão bonito, não deixe isso se perder, virar poeira, nada... Reascenda seu fogo, esbanje sensualidade, ataque, mas não deixe de viver, minha pequena, sonhe, vá além. Deixe de pensar besteira, é tudo uma questão de tempo. Tempo?