quarta-feira, 28 de julho de 2010

Partir, paz

Quantas vezes ele reclamou, dizendo que eu não era romântica, só porque não olhava para trás depois de me despedir, e ele nem sequer percebia o medo que me afligia, que estava escondido sob meus olhos, medo este que se definia em uma frase: Eu não olhava pra trás para não te ver partir. E há um pouco mais de 5 meses atrás, eu tive que vê-lo partir sem nem ao menos ver ou sequer olhar para trás, e me fez pensar se eu tivesse feito teria mudado algo? Não, a culpa, de certa forma, foi minha, mas não foi por isso, foi por ter ousado acreditar que eu seria - me sentiria - mais feliz sem ele, dando-me conta do erro cometido eu só pude me denegrir, me acabar, morrer por dentro, aos poucos... E agíamos um com o outro como se nem nos conhecêssemos mais, e eu pensei que passados 5 meses sem vestígios dele, seria a deixa para recomeçar de vez. Até que, enfim, eu encontrei alguém que me fez sentir maravilhosa, maravilhada, de um valor que antes eu não ousava admitir. Em menos de uma semana ele me fez me sentir feliz novamente, sem me pedir nada em troca. E eu pude degustar disso sem rédias, sem médias.

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