quarta-feira, 28 de março de 2012

Eterno



Essa música me lembra de nós.

Desculpe por ter desistido, fraquejado e dito adeus pelas entrelinhas. Sinto tua falta, todo dia, em momentos totalmente inoportunos. Olho para o céu e vejo a estrela mais brilhante, o que imediatamente me recorre a você. Quem diria que um dia seríamos tão desconhecidas. Eu te amo e nunca vou deixar de amar. A saudade me lembra do quanto que eu era feliz, e do pouco valor que eu dei. Vou estar sempre lembrando da melhor amiga que melhor me entendia. Muito obrigada pela vida que me deu, pelo livro completo!

terça-feira, 6 de março de 2012

Recomeçando

Mais uma forma de encarar a vida: no recomeço. O ano vira e me vejo virando tantas páginas, reescrevendo uma vida sem pé nem cabeça que começa a tomar algum rumo. E qual seria? Qualquer um. A impaciência e todos os medos e males continuam, mas essa é a parte boa da história. Os defeitos. Deixam tudo mais interessante, misterioso e com vontade de ser provado. To inundada deles, ainda me sinto presa a costumes antigos, porém to com uma vontade doida de ser feliz sozinha, de não me importar com nada nem depender de ninguém. To seguindo meus passos de acordo com o que é melhor pra mim. Egoísmo? Quem sabe. Deixa eu desfrutar dessa coisa ruim. To me virando pelo avesso, descobrindo, desenhando, desfazendo... E que venha, que saia, volte, esmurre, feche... Voltei. Maior e melhor, em tantos conceitos...

"... Por quem ela espera?"


"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça… ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. 
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. 
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."

Caio Fernando de Abreu

...


E se tiver amor, que seja quente, amargo e doce, como um café preto fervendo numa noite fria de inverno. Que haja empecilhos, mágoas, revoltas, brigas, tudo fora de ordem, sem precisar de muita cor. Pode ter toque, distração, intimidade, doçura, benevolência e muito ardor, precisa ter prazer. Sem muitos por quês, basta ser.