quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A minha paz ausentada

Desamparo; melancolia; tristeza; solidão; mágoas. Você está passando por algum destes? Um? Dois, talvez? É, as pessoas sensíveis costumam senti-los com uma frequência maior. Eu? Ah, eu estou sentindo tudo isso e tanto mais, esses tantos que me matam. Ultimamente, tenho me sentido tão deprimida, pra baixo, carente, necessitando de algo, esse algo que eu nem sei o que é. E veja só, eu que tenho tudo pra estar feliz e não estou... Por quê? Eu não sei. As situações estão pesando cada vez mais, está sempre acontecendo algo pra me denegrir, entristecer. E o colo em que eu encontro a minha paz anda um pouco ausente, aquele que pediu que eu fosse sua está, de certa forma, distante. Eu preciso dele, da calma que ele me traz, da paz, as gargalhadas, brincadeiras, abraços, os olhares. Sinto falta da minha paz. E esta semana sem ele está sendo um tormento, a cada dia algo me magoa mais e eu tenho uma vontade louca de chorar e gritar e morrer e sofrer, sem poder. E tudo isso me faz sentir raiva, e vira rancor, e maltrata, então eu fico chata e sou chata com ele e a minha paz é adiada mais uma vez. Estou demasiada cansada, mas tento engolir a dor e pelo menos fingir que sou forte, mas contanto que eu consiga seguir com os dias com um sorriso no rosto, nem que seja aqueles de canto de boca mesmo, só pra não perder a graça, a rédea e a média. A cada angústia eu me esforço para encontrar-me rapidamente com ele, para o meu conforto, meu descanso, para o colo em que eu me escondo dos meus temores e vivo com mais ênfase o doce da vida: o amor. Eu acho que estou amando com toda e qualquer força que ainda resta em mim, e me pergunto se me entregar assim me fará tão bem quanto a presença dele. Talvez eu esteja me precipitando, ou então eu já deveria ser totalmente dele há muito, mas há um lado que impede, aquele que insiste em lembrar de alguém que não me traz nada, não me é nada, não é nada. E eu só posso sentir mais falta, porque "a falta é a morte da esperança". Saudade já nem sei mais como é, de tanta ausência que ele deixou. Amor, volte. "Não se perca de mim, não se esqueça de mim, não desapareça" porque eu preciso de você cada vez e sempre mais. Entre tantas reviravoltas, me encontro na doce e amarga volta da vida, se preparando para o ápice de toda e completa paz, daquilo que procurei em outros braços e encontrei neste. E que esta paz se estenda durante meses, continuando a me trazer conforto, até porque toda alma cansada precisa de um descanso.

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