quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Diálogo

- Maria, tô triste.
- Ah, claro, você dificilmente é o único. Experimenta passar pelo o que eu passei três vezes seguidas e vem falar comigo.
- (risos) Tu não tem sorte no amor, a verdade é essa...
- É. O que eu posso fazer...?
- Ah, procura outros meios, outros rostos. Pessoas diferentes das que tu já esteve.
- (gargalhadas estrondosas) Antes fosse assim, quem dera eu pudesse simplesmente escolher.
- E se não escolhe, é o que então?
- Aparece. Encontros por acaso. 
- (risadas) Aparece? Saiu, achou, e CABUM? É esse?
- Não, seu bobo. Não mandamos no que sentimos. Não posso escolher por quem deveria gostar. Simplesmente é assim que funciona, não escolho, aparece, e pronto, estou no caminho perdido do amor. Não tenho nada a fazer a respeito... Ah, se eu pudesse só escolher...
- É... 
- Preciso que, dessa vez, seja alguém que valha a pena.
- E os outros, não foram? Afinal, este último foi o melhorzinho, não é?
- Foram, mas estou um tanto cansada dos estragos do final. Em partes, foi, mas sobre gostar de mim, não. O anterior, esse sim, permanece sendo o que amou, o que esteve presente e estaria apto a estar de novo.
- Então, tu voltaria pra ele se tivesse a oportunidade?
- Claro, correndo... Mas ainda assim, são muitos os empecilhos. Nada a se fazer, só viver. E um dia, CABUM, aparece alguém novo ou alguém que volta. Sinceramente, não me importarei se for pra deixar um buraco negro no meu coração de novo, to aqui pra isso mesmo, pra viver. Sorrindo, chorando. Pulando, caindo. O que tiver aí pra mim, to aceitando. De muito bom grado, por sinal.

Dois irmãos conversando...

Nenhum comentário:

Postar um comentário