domingo, 14 de agosto de 2011

Trechos do livro Quem me dera ser feliz, parte II


“Não precisava de alguém que o fizesse se sentir pior do que estava se sentindo.
É, era nessas horas que precisava ser super.
Supermulher.
Supermãe.
Supercompanheira.
Superpaciente.
Super-resignada.
Superprotetora.
Superindulgente.
Supertudo.
O difícil era encontrar alguém que fosse super para ela.”

“É duro ser super-qualquer-coisa! Solidão...”

“A decepção foi maior do que a raiva. A falta de sorte – superstição ou não, recusava-se a sequer mencionar a palavra ‘azar’ – parecia ter voltado. Repetia-se. Já era a terceira vez.”

“Dor é o sabor de um encanto desfeito.”

“Quem é que não acredita e se decepciona pelo menos uma vez na vida?”

“Não me importa o que os outros estão fazendo ou deixando de fazer. Importa o que eu estiver fazendo. A gente não pode deixar de acreditar nas pessoas.”

“Ficava pelos cantos, amuado, presa fácil de uma melancolia estranha e frustrante.”

“Aquela seria uma batalha realmente solitária, a maior de tantas que enfrentara ultimamente.”

“Volta e meia, surpreendia-se inseguro na frente dele, pensando em dizer certas coisas e dizendo outras inteiramente diferentes. Medo.”

“... deve ser muito difícil errar diante de tantas pessoas que vivem achando que você é invencível, que nunca erra, que não te dão o direito de errar.”

Um pedido de ajuda, a necessidade quase infantil de um pouco de carinho, uma vontade doida de novamente encontrar uma maneira de se entender com alguém que amava demais.

“Lágrimas nos olhos, alívio no coração.”

“Precisava acusar, culpar, condenar alguém pelo que estava acontecendo. Precisava tirar parte daquele peso e daquela culpa de seus ombros para não enlouquecer.”

“Não procurava nada em especial. Nem o sol que despontava no horizonte de concreto da cidade sonolenta. Sentou-se como quem não tem pressa para mais nada na vida, como alguém para quem a vida não vale um instante de preocupação.”

“Apenas andar. Não pensar. Apenas andar. Não discutir. Não falar. Apenas andar. Não lembrar. Apenas andar. Andar e esquecer...”

“... chega uma hora que a gente cansa de só apanhar da vida, a gente pensa em desistir.”

“É a realidade. E é embaraçoso, envergonha, chateia, deixa todo mundo com os nervos à flor da pele, cansa... Eu sei de tudo isso. E daí? A gente vai correr? Buscar um buraco bem grande e enfiar a cabeça lá dentro?”

“O maior problema não é morrer. O meu maior problema é viver. Eu só quero isso.”

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